quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Amarelo



E lá estava ele. Belo, imponente, me olhando de longe e sempre me lembrando que alguma coisa bonita na vida havia de existir.
Estabelecemos uma relação de cumplicidade, com tempo ou sem tempo, eu sempre parava pra olhá-lo, admirá-lo e comentava com alguém o quanto ele era exuberante. Em troca, ele sempre estava lá, olhando-me de volta, sempre fiel. Sempre.
O Ipê ontem me olhou triste, eu senti falta daquele amarelo que era o meu norte. As flores caíram, so ficaram os galhos secos e tristes, como se quisessem dividir com eles a minha dor.
A primavera ainda não chegou, não vi suas cores, talvez não queira vê-las.
Vou sentir falta do meu Ipê e de uma época em que a vida, ainda que cansativa, me fazia ter grandes esperanças.


*Bom ressaltar que a foto não é minha.

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