domingo, 28 de outubro de 2007

Segundo o Aurélio: [Do lat. frustratione.]

1. Ato ou efeito de frustrar-se.
2. Psican. Estado daquele que, pela ausência de um objeto ou por um obstáculo externo ou interno, é privado da satisfação de um desejo ou de uma necessidade.

Tudo bem, eu não sou a mais amável das criaturas. Quem me conhece sabe que sou pavio curto, esquento fácil e isso não é muito legal. Mas acredito que não seja difícil perceber que eu sou fiel a quem amo (amigos, família e tudo que tiver incluso nesse bla bla bla todo).
Não suporto pessoas que vêem alguém com determinado problema e fazem questão de cavar a cova, só faltando dizer: ''vai, te enterra aí, que tua vez de te dar bem passou, agora te lasca''.
Isso foi até assunto de conversa com um amigo ontem, eis a dúvida: por que as pessoas frustradas fazem de tudo para dificultar a vida de quem tá ralando? -- sim, porque pra mim, o simples fato de não ajudar (que é irrelevante, não ajudar não caracteriza atrapalhar), mas de falar que você perdeu isso ou aquilo e meter o bedelho onde não deve, já é dificultar -- Chegamos à conclusão de que deve ter muita gente mesquinha no mundo, infeliz mesmo, que deveriam aprender a construir a própria vida em vez de tornar o que pode ser simples em algo com dimensões astronômicas.

E quem sou eu pra dar palpite na mesquinharia de alguém, heim? Não me afetando, eu juro que fico caladinha e não faço disso o meu drama habitual... ;D

*Ah, gente... ia esquecendo de falar algo importante aqui. Meu blog não é ditadura, é democracia. E por mais que eu não goste de gente metendo o bedelho na minha vida, as críticas são MUITO bem-vindas. Algumas pessoas já reclamaram que os comentários não são liberados, o que poderia fazer disso uma ditadura. Não, não.. só não quero que vire anarquia :) Eu compartiho da opinião que comentários liberados = confusão, já que bom-senso não é pra todo mundo (ahhhhh, se fosse vendido em farmácias) e surge um anônimo ou outro falando algo de uma maneira distorcida e, o pior, sem cacife pra isso, porque quem não mostra a cara e aponta os defeitos de alguém, não tem propriedade pra falar mal nem de um cachorro, quanto mais de um ser humano.
Bom, que saibam que o Orkut e o MSN estão abertos para os prováveis elogios e reclamações.
terça-feira, 16 de outubro de 2007

Chicletinho no ouvido

Eu fico agoniada (com toda a intensidade do meu ser, se é que isso é possível, mas finja que entendeu o que eu quis dizer, por favor) quando uma música gruda na minha cabeça e faz questão de parecer chiclete, não sai nem com prece forte.
Semana passada era 'Desculpa o auê' da Rita Lee, eu passava o dia todinho a cantar os belos versos ''Desculpe o auê, eu não queria magoar você... foi ciúmes sim, fiz greve de fome...".
A música dessa semana é um tanto mais bonitinha e menos humilhante de se confessar que estou viciada nela, mas, ainda assim, isso me deixa louca.

Quem sabe isso quer dizer amor - Milton Nascimento
Cheguei a tempo de te ver acordar
eu vim correndo a frente do sol
abri a porta e antes de entrar
revi a vida inteira
pensei em tudo que é possível falar
que sirva apenas para nós dois
sinais de bem, desejos de cais
pequenos fragmentos de luz
falar da cor dos temporais
do céu azul, das flores de abril
pensar além do bem e do mal
lembrar de coisas que ninguém viu
o mundo lá sempre a rodar
e em cima dele tudo vale
quem sabe isso quer dizer amor
estrada de fazer o sonho acontecer
pensei no tempo e era tempo demais
você olhou sorrindo pra mim
me acenou com beijos de paz
virou minha cabeça
eu simplesmente não consigo parar
lá fora o dia já clareou
mas se você quiser transformaro ribeirão em braço de mar
você vai ter que encontrar
onde nasce a fonte do ser
e perceber meu coração
bater mais forte só por você
o mundo lá sempre a rodar,
em cima dele tudo vale
quem sabe isso quer dizer amor,
estrada de fazer o sonho acontecer

Calor pouco é bobagem

Todo mundo sabe que Teresina é bem mais que esses 42ºC lá fora, no entanto, acredito que seja impossível não comentar sobre tal.
A culpa não é de ninguém, não é do governador, que talvez ainda não tenha encontrado o botãozinho que deve existir em algum lugar e diz ''neve mode on'', não é nem de Deus, que poderia ter colocado Teresina um pouco mais ao Sul e bem longe da Linha do Equador. Talvez seja de todo mundo... aquecimento global, efeito estufa, buracos na Camada de Ozônio e todo esse papo ecológico, mas não é sobre isso que quero falar.
De verdade, eu só quero expressar minha revolta por estar doente pela segunda vez em menos de UM mês. O calor + o tempo seco tem dessas coisas... tudo isso aliado à uma semana de provas. É livro de administrativo, cof cof, Pedro Lenza e suas lições de Constitucional e tome mais cof cof.
É, algo me diz que vou dar uma sumida semana que vem, não se surpreendam caso vejam na tv uma Anália derretida no asfalto.

O Salto

Bom dia, bom dia!
Não estranhem, são 09:02h e não estou com meu mau-humor habitual de-quem-acabou-de-acordar. Mas eu tinha que postar um texto (que, diga-se de passagem, não é meu) aqui.
O texto é do Antônio Prata, colunista do jornal 'O Estadão de São Paulo' e escritor consagrado, com vários livros já publicados.
Deixemos de enrolação e vamos ao texto!

Antes que me perguntem, o texto não é pra ninguém, nem se encaixa com nenhuma situação vivida por mim neste momento. Achei bonito e postei. Pronto!

A gente não tem como saber se vai dar certo. Talvez, lá adiante, haja uma mesa num restaurante, onde você mexerá o suco com o canudo, enquanto eu quebro uns palitos sobre o prato -- pequenas atividades às quais nos dedicaremos com inútil afinco, adiando o momento de dizer o que deve ser dito. Talvez, lá adiante: mas entre o silêncio que pode estar nos esperando então e o presente -- você acabou de sair da minha casa, seu cheiro ainda surge vez ou outra pelo quarto –, quem sabe não seremos felizes? Entre a concretude do beijo de cinco minutos atrás e a premonição do canudo girando no copo pode caber uma vida inteira. Ou duas.Passos improvisados de tango e risadas, no corredor do meu apartamento. Uma festa cheia de amigos queridos, celebrando alguma coisa que não saberemos direito o que é, mas que deve ser celebrada. Abraços, borrachudos, a primeira visão de seu necessaire (para que tanto creme, meu Deus?!), respirações ofegantes, camarões, cafunés, banhos de mar – você me agarrando com as pernas e tapando o nariz, enquanto subimos e descemos com as ondas -- mãos dadas no cinema, uma poltrona verde e gorda comprada num antiquário, um tatu bola na grama de um sítio, algumas cidades domesticadas sob nossos pés, postais pregados com tachinhas no mural da cozinha e garrafas vazias num canto da área de serviço. Então, numa manhã, enquanto leio o jornal, te verei escovando os dentes e andando pela casa, dessa maneira aplicada e displicente que você tem de escovar os dentes e andar ao mesmo tempo e saberei, com a grandiosa certeza que surge das pequenas descobertas, que sou feliz.
Talvez, céus nublados e pancadas esparsas nos esperem mais adiante. Silêncios onde deveria haver palavras, palavras onde poderia haver carinho, batidas de frente, gritos até. Depois faremos as pazes. Ou não?
Tudo que sabemos agora é que eu te quero, você me quer e temos todo o tempo e o espaço diante de nossos narizes para fazer disso o melhor que pudermos. Se tivermos cuidado e sorte – sobretudo, talvez, sorte -- quem sabe, dê certo? Não é fácil. Tampouco impossível. E se existe essa centelha quase palpável, essa esperança intensa que chamamos de amor, então não há nada mais sensato a fazer do que soltarmos as mãos dos trapézios, perdermos a frágil segurança de nossas solidões e nos enlaçarmos em pleno ar. Talvez nos esborrachemos. Talvez saiamos voando. Não temos como saber se vai dar certo -- o verdadeiro encontro só se dá ao tirarmos os pés do chão --, mas a vida não tem nenhum sentido se não for para dar o salto.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Se eu fosse um pouquinho mais dramática, chamaria este post de Canção do Exílio


Que a terra que a gente nasce é a melhor do mundo, não me restam dúvidas. A gente sempre vai ser mais e mais feliz onde crescemos, onde todos os lugares estão repletos de lembranças, na maioria boas.
Eu me sinto bem de verdade quando estou em Fortaleza. Uma espécie de liberdade que eu não tenho em qualquer outro lugar. Eu diria que é um jeito de viver a vida sem pressa, apesar de toda a correria.
Ai, que saudade, minha gente!
segunda-feira, 8 de outubro de 2007

De volta ao zero

Voltamos à estaca zero. Resolvi tirar toda aquela palhaçada que estava aqui no blog, fotinha tosca de pôr-do-sol e bla bla bla. Melhor admitir que eu não sei dominar essas coisas e, até segunda ordem, o visual por aqui vai ficar enxutinho, o branco como fundo e sem grandes coloridos.
Mudando de assunto, eu demorei a me render ao Live Messenger, tô usando ele faz menos de um mês. Acho o programam lento, com funções que nunca vou usar, mas tenho que admitir que em uma coisa ele é perfeito: poder teclar offline. Mal tenho usado o velho e habitual ''ocupado'', sempre entro na surdina e falo com uma ou duas pessoas que interessam. Não menosprezando o resto da minha lista, o problema é meu mesmo.. fico zonza quando teclo com mais de duas pessoas, não consigo dar a atenção que merecem, a conversa fica pela metade, aí já viu..
Nunca sei como fechar meus textos, até queria escrever mais, só que devo estudar agora..
Boa semana a todos!
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Você ousa ficar de fora?
Você ousa ficar dentro?
O quanto pode perder?
O quanto pode ganhar?
E se entrar, vai virar à direita ou à esquerda?
Ou à direita e três quartos?
Ou talvez nem tanto?
Você pode ficar muito confuso...
a ponto de começar a correr...
por uma descida tortuosa a toda velocidade...
se esforçando por milhas através de um lugar selvagem e estranho...
guiado até o lugar mais inútil...
o lugar de espera.
Onde tem pessoas apenas esperando.
Esperando por um trem que parte...
ou por um ônibus que venha...
ou um avião que vai partir.
ou que o correio chegue,
ou que a chuva caia...
ou o telefone que toque,
ou a neve que caia...
ou esperando por um sim ou um não...
ou por um colar de pérolas
ou um par de calças...
ou uma peruca com cachos...
ou outra chance.

Assistam Um Crime de Mestre.
Muito bom!