segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Aborto: legalizar ou não?

Em meados de maio do ano passado meio que ensaiei um post sobre Aborto. Bem ensaiado mesmo, o assunto foi abordado superficialmente, metade culpa da minha correria eterna e outro tanto pela minha falta de maturidade.

Difícil se posicionar num assuntos desses - até pra mim que já tenho opinião beeem formada- a Constituição Federal defende explicitamente o direito à vida, mas qual o conceito de vida? Talvez o mesmo esteja intimamente ligado à sobrevida, já que o Direito Brasileiro adota a respiração como o sinal de que a criança nasceu viva. Simples assim: respirou, nasceu. Não respirou, nasceu morto.

Fácil se contentar com tão pouco? Não sei, nunca fui mãe, nunca estive grávida, não sei qual a dor de perder um filho. Parece insensível da minha parte, mas, pelo menos hoje, eu não deixaria um filho vegetando. O Código Penal exclui a ilicitude dos abortos feitos nos casos de estupro sofrido pela mãe ou no caso de a gravidez representar um risco para a mesma. Meio caminho andado aos rumos de uma civiliação mais moderna. Não sou a favor do aborto eugenésico (nos casos de deformações da criança), no entanto, venhamos e covenhamos, já está na hora de liberar o aborto em casos de anencefalia, não é? Acho um absurdo a mãe sofrer por 9 meses pra ver o filho nascer morto.

Chegando ao ponto mais delicado de toda a questão, tem tambem aqueles casos em que a mãe simplesmente não está pronta para trazer um filho ao mundo. Egoísmo? Talvez. Mas como já dizia Caetano - perdoem-me por citá-lo, auhuauuha- "Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é". É preferível não fazer uma criança sofrer com maus tratos e assumir que não está pronta para trazer uma criaturinha ao mundo do que fazer uma criança inocente sofrer. Que fique claro que não trabalho com exceções, estou falando mais no geral mesmo. Existem muitas mães que quando engravidaram não sabiam o que fazer da vida, mas que hoje são maravilhosas e nunca maltrataram seus pimpolhos.

Alguns países já tem o aborto totalmente legalizado e não fazem disso uma carnificina.
Obviamente que, o Brasil como país subdesenvolvido encontraria obstáculos maiores. Legalizar o aborto sem banalizá-lo é quase impossível, já que os gastos destinados ao acompanhamento depois do aborto realizado seriam enormes. Sem um acompanhamento psicológico corre-se o risco de a mulher fazer disso um método anticoncepcional. Daí voltamos ao assunto do começo do parágrafo, é por isso que é tão difícil a legalização.

Gostaria de saber a opinião de vocês, sim, mas baseada em argumentos sólidos, peloamordedeus, não me venham com "você é uma assassina porque é a favor do aborto". Sejamos maduros e discutamos como gente grande, por favor.
sábado, 18 de outubro de 2008

*Post melhor compreendido se lido ao som de With or Without You - U2*


Hoje, felicidade, dentre outras coisas, para mim é estar contigo.
Eu ia deixar pra falar sobre você quando fossemos fazer um ano (tá pertinho, né?), mas quem disse que a gente manda nessas coisas? Tô aqui num aperreio desgraçado, tenho 6 provas essa semana e resolvi te escrever, assim do nada (sim, deixei de descansar antes de voltar pros livros por SUA causa).
Idealizações à parte, você é tudo o que sempre quis. A maneira que você me faz sentir é tudo que sempre quis. Tudo que temos, tudo que construímos, todas as nossas bobagens, sempre soube que era isso que queria, de verdade.
Agora você acabou de me deixar aqui em casa e fiquei pensando naquela música do U2 que vimos o clipe ontem (Ladra de controles remotos ever!) e ficamos comentando sobre como o Bono envelheceu.

"With or without you
With or without you
I can't live
With or without you

With or without you
With or without you
I can't live
With or without you
With or without you"

Existe de uma maneira de não amar você?